sábado, 14 de março de 2009

O quadro mundial, seus movimentos e contradições

O capitalismo vive de crises, da exploração do homem pelo homem ou dos países por outros. Não é sustentável. Mais uma vez vem a tona as contradições deste sistema. Os que sempre defenderam a presença mínima do estado na economia agora estatizam para sobreviver. Nada mais justo, sendo o estado burguês uma eficiente ferramenta para a regulação do direito da propriedade privada. Assume o controle, injeta bilhões e quando estiver tudo resolvido, privatiza. Socializam-se os prejuízos, onde quem realmente paga a fatura são os trabalhadores. Os primeiros a sofrerem diminuição de salários ou a serem desempregados e engrossarem as fileiras do exército de reserva, outro pré-requisito do capitalismo.

A taxa média de crescimento global será negativa pela primeira vez, desde 1945. A crise surge no coração do sistema financeiro mundial, constituindo-se um duro golpe ideológico ao neoliberalismo, em que os países menos afetados são justamente os que menos se entregaram a cartilha neoliberal. Os países emergentes que atualmente participam de 31% do PIB mundial podem chegar aos 38% em 2013, segundo projeções do Banco Mundial.

A crise financeira mundial gera protestos generalizados contra o desemprego na Europa, força a aceleração das reformas financeira e política na China e o aprofundamento da integração latino americana.

Os desdobramentos dos efeitos da crise são determinantes para a sucessão presidencial no Brasil que é essencial para manter a chama das mudanças progressistas acesa em todo o continente.

Importante avaliar os que reúnem melhores condições para sair mais rápido e fortalecidos da crise. Assinalam-se mudanças no quadro de forças das relações internacionais após a crise, apontando para a multipolaridade financeira mundial.

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