quarta-feira, 30 de setembro de 2009

UJS na luta pelo passe livre.

Entidades estudantis discutem o tema com o vereador autor da lei.

Cerca de trinta (30) pessoas participaram na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, da reunião que pautava a instituição do Passe Livre Estudantil. Realizada no último sábado, 26, a reunião contou com a presença de representantes da UJS, UPE, UPES, do vereador autor do projeto de lei Rodrigo Cabral – PSB e da comunidade iguaçuensse.


O passe livre é uma gratuidade na tarifa do transporte coletivo do Brasil. Na maioria dos casos, é concedido a idosos, deficientes físicos, policiais militares, oficiais de justiça, trabalhadores dos correios e outras classes de funcionários públicos.


O que se deve adequar mediante ao aumento da evasão escolar, impedindo que o direito à educação sela amplamente exercido. É a instituição do passe livre estudantil, no qual a UJS, UPE e UPES mantém como bandeira de luta ativa e hoje une esforços com todos os estudantes secundaristas e universitários, para desfrutar daquilo que é lei.


Durante a reunião, Sérgio Santander, representando a UPE sugeriu que o passe fosse vinculado com as entidades (UPE e UPES), no qual foi acatado pelo vereador autor do projeto.
De acordo com o projeto de lei nº129/2009 em seu artigo 1º cita: “Art. 1º Fica instituído o passe livre a todos os estudantes de Universidades Públicas e da rede pública municipal e estadual de ensino do Município de Foz do Iguaçu.”

Mas se analisarmos pela ótica da desigualdade social, quem hoje estuda em universidades públicas são aqueles que gozam de fáceis condições de locomoção.
“Sendo assim, pelo menos para os estudantes das Universidades Particulares que são beneficiados pelo PROUNI, tenham o direito ao passe livre estudantil”, comenta Pablo Braga Machado – presidente da UJS.


Rodrigo Cabral – PSB acredita nessa união de esforços e quer fazer com que essa movimentação aconteça de fato.

Saudações socialistas!
De Foz do Iguaçu – Hellen Samantta.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

UJS CATARATAS E OS DESAFIOS DA NOVA FASE

A atuação política da juventude da cidade de Foz do Iguaçu é marcada por histórias e lutas por seus interesses. A União da Juventude Socialista esteve presente em boa parte delas. Após a reeleição do Prefeito Paulo MacDonald (PDT), trouxe a UJS FOZ o amadurecimento e avaliação de sua atuação tática na juventude.

Com a participação eleitoral da UJS ao lançar o camarada Pablo Braga Machado (PCdoB) a vereador, contribuiu com esta entidade no desenvolvimento de sua política e na transmissão de suas idéias. Promovendo atividades como o “Movimento Boto Fé”. A campanha eleitoral é um desafio por ser uma atuação política árdua e de compromisso. Momento oportuno para todos aqueles que acreditam que a transformação é possível, por meio do debate político, recheado de propostas e anseios de mudanças para o povo.

Por isso, a UJS de Foz neste segundo semestre propõe novos ares no seu compromisso político, ideológico e social. Convocamos a todos os filiados e militantes a construir uma UJS CATARATAS influente politicamente, brava na luta e firme na sua atuação. Para esse novo momento a compreensão e o compromisso de todos são fundamentais para nossas conquistas futuras.

Iniciando pela nova fase que passamos a direção municipal propõe uma mudança no seu nome fantasia, de UJS FOZ para UJS CATARATAS. Isso é uma característica de criatividade e autonomia organizacional. Com um nome carismático e característico de nossa cidade acreditamos que poderá ser muito útil em nossa propaganda política.

Essa nova fase traz para a UJS CATARATAS novos desafios e isso dever ser bem entendido por todos os filiados e militantes. Os desafios que devemos encarar são na esfera administrativa, organizacional e na sua ação política. Por isso, a proposta é primar no âmbito DO COMPROMISSO, DA OUSADIA E DO PROTAGONISMO. Para compreendermos melhor, vejamos passo a passo.


UMA UJS ADMINISTRADA

Para nossa influência política entendemos que o mais importante é ser internamente muito bem administrada. Seu funcionamento dever ser correto nos âmbitos legais e jurídicos. Para uma UJS de massa é normal que ela necessite de mais pessoas, mais grana e mais estrutura (sede, xerox etc).

Estamos nos propondo a organizar seus documentos, história e teses. Para que no seu futuro possa ser ferramentas que ajudem em nossas decisões, para que os militantes estudarem nossa atuação passada e presente.

Na função financeira devemos atuar mais profissionalmente, promovendo política de arrecadação (festas, rifas, carteirinha militante etc..) e sendo correto em sua prestação de contas. Assim, a direção municipal esta no encaminhamento da oficialização com um CNPJ da UJS CATARATAS. Mas isso demandará um compromisso fiscal jamais proposto antes, iremos nos enfiar numa furada se não trabalharmos corretamente. Será a receita federal na nossa bota. Daí é sujo, né?!

Não devemos mais utilizar métodos convencionais, a ousadia como a nossa UJS de CNPJ nos coloca a encaminhar novos métodos, com mais pessoas responsáveis em auxiliar nas finanças da nossa organização. O compromisso de cada um é fundamental para o nosso sucesso.


UJS É DE MASSA E ORGANIZADA

Desde a primeira vez que a conhecemos, a UJS demonstrou em sua essência ser um movimento de organização juvenil para boa parte dos jovens. Sendo uma entidade de massa que foi a proposta na sua criação. Tendo uma autonomia na sua decisão política e na influência nas tribus da juventude.

Mas, querer ser de massa não é ser de massa. É preciso conquistar isso, com o número de filiados e influência política. Não nos propomos ser o que não podemos ser. Por isso, a UJS CATARATAS deve entrar em sua primeira campanha de filiação dessa nova fase, para atrair mais pessoas ao compromisso de construir uma sociedade mais justa e para todos.

Cada filiado hoje deve ter o compromisso de chamar um amigo para a luta revolucionária. Claro, que não pela expressão da palavra, mas na sua prática. Um revolucionário que acredita ser possível criar uma condição melhor para nosso povo.

Nada nos adianta nos propormos ser de massa, senão atuarmos como tal. Por isso, o mais importante é o COMPROMISSO com a UJS. Todo filiado deve ser incluído num desafio particular e coletivo. Mesmo trabalhando, estudando e tendo família o maior dos desafios é fazer que todos sejam estimulados a fazer um pouquinho daquilo que acredita.

A mudança social não acontece sozinha e do nada. É protagonizada por vários elementos que a compõe, sendo um elemento fundamental para o socialismo, o COMPROMISSO revolucionário. Se realmente acredita que é possível mudar, é preciso AGIR e atuar dentro de uma esfera organizativa da UJS.

Portanto, a UJS CATARATAS convida a todos os filiados e militantes a assumirem seu papel político, cada pessoa tem de estudar mais os conceitos marxistas e leninistas, executar tarefas deliberadas em coletivo, participar permanente nas ações da UJS e acreditar no que está fazendo.

Na sua organização a UJS CATARATAS quer ser mais protagonista nas lutas estudantis, seja no movimento estudantil secundaristas dentro dos colégios ou no movimento estudantil universitário. A idéia é organizar um coletivo secundarias e universitário para pensar na política estudantil de forma coletiva com as idéias de todos.

Avançar na atuação do hip hop, com o núcleo da Nação Hip Hop Brasil. Fomentar culturalmente a política do hip hop, com muita influência e protagonismo, fazendo discussão política e promovendo arte do povo. Realizar o curso de formação e encaminhar campanhas de idéias dos manos do hip hop.

Claro que a idéia da direção municipal da UJS CATARATAS hoje não é apenas atuar nessas frentes, movimentos estudantis e hip hop/cultura. Mas é organizar movimentos de meio ambiente, jovens trabalhadores e esportistas. A nossa ousadia é limitada hoje, queremos avançar nisso, por isso entendemos que só será possível quando tivermos mais pessoas para ajudarem na construção da UJS CATARATAS de massa e com mais idéias.

A ousadia do filiado é fundamental para o compromisso militante que queremos. Aqueles que vêem com esperança um futuro melhor participem na UJS.

NA POLÍTICA VAI TER QUE RESPEITA

Podemos ver que não somos os únicos que queremos fazer algo na área da juventude. Mas, inevitável que o nosso compromisso é diferente de qualquer outro. Não somos prepotentes a ponto de dizer que somos os melhores e tal. Quero apenas ser protagonistas e certos em nossas posições.

No desafio político vale lembrar que outras forças políticas têm algum interesse, não como nosso, mas assim como nós. Na forma, não no conteúdo. Então, é comum observarmos que em alguns momentos nossas atuações não sofreram efeito por não saber fazer. Na mídia não entendemos como atuar, nas campanhas de massas sofremos com a falta de grana e no respeito político com as outras forças, não nos damos bem pelas fases que demonstramos força e fraqueza.

Está colocado um novo ritmo político para a UJS CATARATAS. Ter uma influência gigantesca na juventude. É preciso falar com mais gente e mostrar na prática que realmente fazemos e não ficamos apenas falando. Ser garganta não nos da o título de maior juventude política organizada do Brasil.

Por ter uma respeitabilidade nacional, não nos dá o luxo de sermos sem vergonha em nossa prática militante. Na política é claro que quem entende como funciona, quem demonstra força com muita gente, quem faz barulho (manifestações) e quem tem mais idéias, comandam o negócio.

Na prática temos a ousadia de entender como fazer, precisamos demonstrar mais força, falando para cada pessoa, colega e amigo o quão é importante participar de uma mudança social. Não ser chato, é preciso convencer politicamente por ter idéias que realmente agrade o ouvinte. É claro, fazer ações e atos que demonstram essa força. Algumas vezes, um desafio e tanto ir pra rua e passar a idéia pro povo. Devemos ser ousados nesse sentido.

As campanhas devem nos ajudar para nossa influência política. Pessoas que são carentes politicamente devem encontrar na UJS a fuga por algo que acredita. Construir uma entidade que lute por uma sociedade para todos, com a idéia de todos e no centralismo democrático.

Nosso convencimento ideológico deve ser mantido por conceitos de Karl Marx e Lênin. A proposta de uma sociedade socialista deve ser bem trabalhada na tradução pro povo, com campanhas de compromisso social, ousadia popular e protagonismo juvenil.

Devemos defender as idéias do nosso coletivo, discutidos entre todos. O protagonismo é inevitável se atuarmos direitinho com a força de cada um. Demonstrarmos que somos grande é importante para que as políticas da Velha Era, fica para trás e jamais retorne nesse novo momento histórico.

A política que propomos é um Brasil soberano. Um projeto de nação que seja discutido com a idéia de um país que queremos para nossos filhos. Tendo um PRÉ-SAL do povo brasileiro, revertido para o desenvolvimento da nação. Uma integração latina americana que jogue força na construção de um continente livre e desenvolvido.

Aos filiados e militantes da UJS de Foz do Iguaçu, saudações revolucionárias.

VIVA O SOCIALISMO COM A NOSSA CARA

Serginho Santander Diretor de Organização da UJS CATARATAS

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Eleita a nova direção municipal do Pc do B em Foz do Iguaçu.

Foi a maior conferência da história do partido.


Aconteceu, neste domingo, 20, de setembro, na sede do Rotary Club a Conferência Municipal do Partido Comunista do Brasil, cerca de 200 pessoas participaram dessa etapa municipal. Houve um Ato cultural no ínicio das atividades, promovido pela companhia de teatro Amadeus, com a peça Romeu e Julieta – acústico.








E logo deram seqüência aos trabalhos do dia, com o Ato político que contou com presença da Secretaria de Educação – Joane Vilela Pinto; Ortêncio Sampaio Castilha presidente do PDT de Foz do Iguaçu; do Vice-prefeito Francisco Lacerda Brasileiro; do Prefeito Paulo Mac Donald Ghisi; Xeque e o presidente da UJS Cataratas Pablo Braga Machado.














Líderes da comunidade Palestina; XequeDr.Chaikh Mohsin Alhassani; Prefeito Paulo Mac Donald; Vice-prefeito Chico Brasileiro; Ortêncio Castilha - presidente PDT e Joane Vilela - Secretária de Educação.

O período da tarde foi de intenso trabalho em torno da discussão do novo programa socialista em que foi direcionada pelos camaradas Pablo e Sérgio, no qual destacavam que: “A 1ª vitória é que fazemos parte de uma jovem nação que é o nosso país com um povo único. A 2ª vitória, vivida a partir década de 30, foi a conquista de direitos trabalhistas e agora é necessário alcançar a 3ª e grande vitória. Formar uma nação soberana para o nosso povo, com a valorização do trabalho com mais oportunidades”.

“O Brasil, hoje, relaciona com outros países que almejam idéias semelhantes e que venha a beneficiar integralmente todo o povo, um exemplo disso é a UNILA”, finaliza Pablo.
Vereador Nilton Bobato dando ínicio aos trabalhos da Conferência.

Além da eleição da nova Direção Municipal (para o biênio de 2009-2011), na qual dois dos integrantes orgulhosamente pertencem à UJS são eles: Tiago Egea Berrido – ativista do movimento hip-hop e Adriano José da Silva acadêmico/tesoureiro do DCE da UNIOESTE e Diretor de formação da UJS.
“É uma grande satisfação fazer parte dos encaminhamentos políticos desse partido, que sempre esteve ao lado da juventude e dos trabalhadores na construção de um Brasil soberano e mais justo com os seus filhos”, concluí Adriano da Silva.

Saudações Socialistas!

De Foz do Iguaçu – Hellen Samantta.



Camaradas de partido e da UJS.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

UJS 25 anos!


Esta será a segunda edição da festa "Hasta la Victoria", realizada pela UJS das Cataratas. Mas essa é especial. A maior juventude política organizada do país chega aos 25 anos em defesa do Brasil, da juventude e do socialismo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Direção municipal da UJS – Cataratas realiza reunião extraordinária.

Festa de 25 anos, movimento secundarista com seus projetos a todo vapor, pontos de cultura em evidência e grupos de estudos foram algumas das pautas...


O que era para ser uma reunião de grupo de estudos comunistas – no último sábado (12/09/09) tornou-se uma reunião extraordinária da Direção Municipal da UJS/Cataratas. “Nada previsto, mas houve a necessidade por parte do pessoal - que está no grupo de estudos afinal a galera que dirige de fato a UJS- sentiu necessidade de ao invés de discutir o manifesto, debater a UJS em si”, comenta Pablo Braga Machado – Presidente da UJS/ Cataratas.

Destaque para o movimento estudantil secundarista, que terá uma boa oportunidade de levar em frente à campanha do “busão é nosso”, chegar mais perto dos estudantes em cada colégio da cidade com essa idéia, esclarecer e agitar a Lei do Passe Livre.
E ocupar o apoio que estamos ganhando, mediante conversas, com o vereador Rodrigo Cabral – PSB, no qual em sua plataforma política eleitoral destacava a implantação da Lei do Passe Livre. Claro que com o apoio da UJS, ajudando a construir e levantar essa bandeira.
Aproveitando que no próximo sábado (19-09-09), local a definir, haverá uma conversa junto ao vereador Rodrigo, para estarmos dialogando com relação à este projeto.

A cultura também foi colocada em pauta, com o plano de estruturação dos Pontos de Cultura do CUCA – Centro Universitário de Cultura e Arte. Prioridade para a construção de dois (2) pontos de cultura em Foz – Nação hip-hop que já desenvolve o projeto com a banca e já participa encaminhando suas idéias, junto com o Diretor da Fundação Cultural o camarada Juca. E um outro projeto em andamento já em finalização e adaptação chamado, Cultaratas- do movimento estudantil universitário.
“Movimento cultural sempre é bom e na ocasião de ter dois pontos, realizando e divulgando cultura com auxílio financeiro possibilitando então vários atrativos nessa área”. Concluí Pablo Braga Machado.

“Já na Formação, há uma necessidade de um Curso de Formação”, cita Adriano José – Diretor de Formação da UJS.
Tendo em vista a demanda crescente foi marcado para o sábado (17/10/09) – com local a definir também – o Curso Municipal de Formação nível 1.5.
E o grupão de estudos comunistas deve reunir-se no sábado (26/09/09) às 16h, para fechar o ciclo de estudos do Manifesto Comunista de Karl Marx e Engels.
Não poderíamos esquecer da nossa aniversariante do mês, que completa seus 25 anos convictos.
Isso mesmo, a UJS comemora 25 anos e não deixaremos passar em branco desde já deixe agendado que na sexta-feira (25/09/09) no Otroplano com a presença das bandas: Raízen; Aliados da periferia; Makinorama e Mano Santiago.

O ingresso antecipado R$ 10,00 – estudante paga R$ 5,00.
Na hora o ingresso fica em R$ 15,00 – estudante paga R$ 7,50.

Participe conosco da festa de 25 anos de comemoração da UJS/Cataratas.


Da esquerda para a direita camaradas: Ramon; Rodrigo; Júnior(Corcundinha); Sérgio; Pablo; Adriano e Karina.




Reunião em clima de descontração.





Um bate-papo antes de iniciar a reunião.



Saudações socialistas!

De Foz do Iguaçu – Hellen Samantta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

UJS-Foz estuda Manifesto Comunista

Aconteceu no último sábado (05/09) a reunião dos Grupos de Estudos Comunistas, parte do programa de formação continuada dos dirigentes da UJS-Foz. Os camaradas estudantes de história Jackson e Alessandro (ambos do Núcleo da Uniamérica) fizeram uma exposição sobre o feudalismo e sua transição ao capitalismo além do contexto da época em que foi escrito o Manifesto do Partido Comunista.


O Manifesto do Partido Comunista é o texto fundador da teoria marxista e o programa básico do proletariado face à escravidão capitalista, publicado pela primeira vez em fevereiro de 1848 pelos teóricos fundadores do socialismo científico Karl Marx e Friedrich Engels. O Manifesto sugere um curso de ação para uma revolução socialista através da tomada do poder pelos proletários. Marx e Engels partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não deixa, porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico e religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como uma simples peça de trabalho.

Sua leitura e estudo são uma fonte permanente de ensinamentos para todos os militantes comunistas, todos os trabalhadores esclarecidos, todos os homens e mulheres que se interrogam sobre os destinos da humanidade.

A próxima reunião do grupo está marcada para sábado (12/09) às 15h no Condomínio Residencial Village San Francisco.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

MST e as ações criminosas da revista Veja

Os editores da revista Veja são de um cinismo depravado. Na edição desta semana, este panfleto da direita colonizada estampou mais uma capa com ataques ao MST. A manchete provocadora: “Abrimos o cofre do M$T”. A foto montagem: um boné da organização com dólares e reais. A chamada: “Como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra desvia dinheiro público e verbas estrangeiras para cometer seus crimes”. Na “reporcagem” interna, nenhuma entrevista com lideranças dos sem-terra e nenhuma visita às escolas e assentamentos produtivos do MST.

Como arapongas ilegais, ela se jacta de que “teve acesso às movimentações bancárias de quatro entidades ligadas aos sem-terra. Elas revelam como o governo e organizações internacionais acabam financiando as atividades criminosas do movimento”. As quatro entidades – Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária (Concrab), Centro de Formação e Pesquisas Contestado (Cepatec) e Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac) – “receberam 43 milhões de reais em convênios com o governo entre 2003 e 2007”, resmunga a revista da Editora Abril, que sempre saqueou os cofres públicos.

Uma “reporcagem” interesseira

O novo ataque ao MST não é gratuito. Ele ocorre poucos dias após a jornada nacional de luta por mais verbas para a reforma agrária e pela atualização dos índices de produtividade, usados como parâmetros legais para a desapropriação de terras. Diante da sinalização do governo Lula de que atenderia as justas reivindicações, a revista Veja resolveu sair em defesa dos latifundiários e dos barões do agronegócio. Não há nenhuma investigação jornalística sobre as premiadas iniciativas educativas e sociais do MST. Apenas opiniões preconceituosas para criminalizar o movimento. Seu objetivo é asfixiar financeiramente o MST, fragilizando a heróica luta pela reforma agrária.

Daí a “reporcagem” esbravejar, num tom fascistóide, que “o MST é movido por dinheiro, muito dinheiro, captado basicamente dos cofres públicos e junto às entidades internacionais. Ao ocupar ministérios, invadir fazendas, patrocinar um confronto com a polícia, o MST o faz com dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros e com o auxílio de estrangeiros que não deveriam se imiscuir em assuntos do país”. A matéria também serve de palanque para o tucano José Serra. “Aliados históricos do PT, os sem-terra encontraram no governo Lula uma fonte inesgotável de recursos para subsidiar suas atividades”. E ainda estimula intrigas. “O governo Lula agora experimenta o gosto da chantagem de uma organização bandida que cresceu sob seus auspícios”.

Resposta corajosa do MST

O MST já respondeu com altivez às provocações. “Não há nenhuma novidade na postura política e ideológica desses veículos, que fazem parte da classe dominante e defendem os interesses do capital financeiro, dos bancos, do agronegócio e do latifúndio, virando de costas para os problemas estruturais da sociedade e para as dificuldades do povo brasileiro. Desesperados, tentam requentar velhas teses de que o movimento vive à custa de dinheiro público. Aliás, esses ataques vêm justamente de empresas que vivem de propaganda e de recursos públicos ou que são suspeitas de benefícios em licitações do governo de São Paulo, como a Editora Abril”.

Quanto aos ataques, a nota é elucidativa. “Em relação às entidades que atuam nos assentamentos de reforma agrária, que são centenas trabalhando em todo o país, defendemos a legitimidade dos convênios com os governos federal e estaduais e acreditamos na lisura do trabalho realizado. Essas entidades estão devidamente habilitadas nos órgãos públicos, são fiscalizadas e, inclusive, sofrem perseguições políticas do TCU (Tribunal de Contas da União), controlado atualmente por filiados do PSDB e DEM. Elas desenvolvem projetos de assistência técnica, alfabetização de adultos, capacitação, educação e saúde em assentamentos rurais, que são um direito dos assentados e um dever do Estado, de acordo com a Constituição”.

Um negócio de 719 milhões de reais

Em mais este ataque colérico, a revista Veja prova que é imoral e cínica. Tudo que publica serve a objetivos políticos precisos, mas embalados na manipulação jornalística. De fato, muita coisa precisa ser investigada no país. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a mídia tornou-se uma urgência. No caso da Editora Abril, que condena o “auxílio de estrangeiros que se imiscuem em assuntos do país”, seria útil averiguar sua própria origem, quando o empresário estadunidense Victor Civita se mudou para São Paulo, em 1949, trazendo na bagagem um sinistro acordo com a Disney. Não é para menos que muitos o acusaram de “agente do império” e de servidor da CIA.

Quanto aos recursos públicos, seria necessário apurar as compras milionárias do governo tucano de José Serra das publicações da Abril. O Ministério Público Federal inclusive já abriu processo para investigar o caso suspeito. No embalo, poderia averiguar as recentes denúncias do jornalista Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo. No artigo intitulado “O assalto do grupo Abril aos cofres públicos na venda de livros do MEC”, com base em dados do Portal da Transparência, ele mostra que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país”.

A urgência da CPI da mídia

“Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos... O espantoso é que até 2004 o grupo Civita não atuava no setor de livros didáticos. Neste ano, o grupo adquiriu duas editoras – a Ática e a Scipione. Por que essa súbita decisão de passar a explorar os cofres públicos com uma inundação de livros didáticos? Evidentemente, porque existe muito dinheiro nos cofres públicos... O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente o seu panfleto – a revista Veja”.

“Exatamente essa malta, cínica e pendurada no dinheiro público, acusa o MST de ter recebido, de 2003 a 2007, R$ 47 milhões em alguns convênios com o governo federal... Já o Civita recebeu só do MEC, entre 2004 e 2008, R$ 719 milhões, isto é, 17 vezes mais do que o MST – e não foi para trabalhar, mas para empurrar livros didáticos duvidosos, e a preço de ouro”, critica Carlos Lopes. Como se observa, uma CPI da mídia é urgente.

direto do Blog do Miro ("Uma trincheira na luta contra a ditadura midiática".)