segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ATENÇÃO!


Aqueles babacas imperialistas não deixam agente descansar nem nas férias. E como o mandato do babaca maior está no final os caras deram um jeitinho de apavorar com o pobre povo palestino. É isso ae galera, vamos realizar atividades em repúdio ao genocídio que Israel está promovendo na Faixa de Gaza. O primeiro ato será no dia 1 de janeiro na posse dos vereadores na Câmara Municipal, onde pediremos um minuto de silêncio, iremos de camisetas pretas e levaremos adesivos para colar nos simpatizantes à causa. E como trememos de indignação quando se comete uma injustiça em qualquer parte do mundo, é a UJS de mãos dadas com a Juventude Árabe-Palestina em solidariedade aos inocentes que estão sofrendo no Oriente Médio. Abaixo o nosso manifesto:




MANIFESTO EM REPÚDIO AOS ATAQUES GENOCÍDAS DE ISRAEL E EM SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO


Sob o falso pretexto de agir de maneira punitiva contra a milícia Hamas, a aviação israelense está realizando intensos bombardeios sobre o território palestino da Faixa de Gaza, onde vivem aproximadamente 1,5 milhão de pessoas amontoadas umas sobre as outras, sem trabalho (45% das pessoas estão desempregadas) e com fome (80% da população depende de ajuda humanitária).

A verdadeira história não é contada por Israel. Os ataques foram premeditados, configurando-se mais um crime de lesa-humanidade dentre muitos que o Estado agressivo, expansionista e genocida de Israel tem cometido ao longo de seis décadas contra o martirizado povo palestino.

A ofensiva iniciada no último sábado é mais uma demonstração de que Israel pratica sistematicamente o terrorismo de Estado. O discurso dos líderes israelenses lembra, mais uma vez, o tom empregado agressivo dos nazistas de Adolf Hitler durante a Segunda Grande Guerra, e em pouco difere da lógica imperialista da teoria da guerra infinita e preventiva colocada em prática nos últimos oito anos de governo George W. Bush. Tem por objetivo moldar o Oriente Médio de acordo com os interesses de domínio geopolítico das potências imperialistas e do saque de suas riquezas, especialmente o petróleo.

Os alvos não são apenas os combatentes palestinos, mas a população civil. Foram atingidos prédios de instituições culturais, como a Universidade Islâmica, e da administração pública. O número de mortos já ultrapassa os trezentos e o de feridos se eleva a mais de mil e quinhentos. Quase metade da população da Faixa de Gaza é de crianças.

Além dos bombardeios sistemáticos, Israel ameaça uma incursão terrestre e de ocupação territorial, concentrando tanques e tropas em grande quantidade na fronteira com a Faixa de Gaza além de convocar seis mil e quinhentos reservistas de suas forças armadas. O ministro da Defesa Ehud Barak declarou estar o país “totalmente em guerra” contra os palestinos enquanto o primeiro ministro Ehud Olmert diz que a ofensiva “poderá prolongar-se durante muito tempo”.

Os ataques em curso revelam a hipocrisia das supostas intenções pacificadoras dos planos de Israel. A paz na região está cada vez mais distante e somente se tornará realidade quando os EUA e demais potências imperialistas cessarem sua política intervencionista, respeitarem a soberania e a independência dos países do Oriente Médio e atenderem as reivindicações históricas do povo palestino.

Manifestamos repúdio à agressão criminosa e ao cerco israelense contra o povo palestino. Apelamos pela imediata cessação dos bombardeios, a suspensão das hostilidades na fronteira com a Faixa de Gaza e demandamos à comunidade internacional a adoção de sanções contra Israel. Reafirmamos o apoio à luta pelo fim da ocupação e pela criação do Estado livre e independente da Palestina.


A JUVENTUDE ÁRABE-PALESTINA DE FOZ DO IGUAÇU e a UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA CONVIDAM A TODOS PARA UM ATO EM REPÚDIO AO GENOCÍDIO DE ISRAEL E EM SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO, PELA PAZ!
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Na posse dos vereadores, dia 01/01/09 (quinta-feira) na Câmara Municipal às 13h30

Vamos vestir preto em luto às vidas inocentes ceifadas por covardes imperialistas!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Chuvas, solidariedade e os desafios para o futuro

Milhares de brasileiros que vivem em cidades de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo, atingidas pelas fortes chuvas dos últimos dias, estão sofrendo com as cheias dos rios e as conseqüentes enchentes e desmoronamentos de terra. Só em Santa Catarina, já passa de 116 o número de vítimas fatais. Há anos o Brasil não assistia a uma tragédia natural desta proporção.



Cheias e desmoronamentos como os que vimos em Santa Catarina não são imprevisíveis. Pelo contrário, há um histórico de inundações no estado. As décadas de 80 e 90 foram marcadas por enchentes que deixaram marcas profundas na memória dos catarinenses. Ainda assim, as providências tomadas pelas autoridades estaduais e municipais não têm sido suficientes para estancar as perdas materiais e humanas causadas pelas chuvas.



As cheias e desmoronamentos são fenômenos naturais, quando chove além da conta é normal rios transbordarem. E comuns os deslizamentos de terra com avalanches de vegetação e pedras em serras e morros, dependendo da formação geológica. Mas o potencial destrutivo destes fenômenos tem sido intensificado pela ação humana que ocupa desordenadamente as áreas passíveis de inundações, desmata serras e morros, polui e estreita os cursos naturais dos rios, asfalta trechos que seriam vitais para a absorção das águas das chuvas. Infelizmente, a cada forte temporada de chuvas, o resultado destes descuidos são medidos em dezenas de mortos, milhares de desabrigados e bilhões em prejuízos.



Como quase sempre acontece com tragédias como a que estamos vendo em SC, RJ e ES, os mais pobres são os mais atingidos e os que mais tempo demoram a superar as perdas materiais causadas pelas enchentes. Por falta de habitação decente, são empurrados a morar em encostas ou fundo de vales, ocupando áreas públicas consideradas de risco.



O dimensão da tragédia só não foi maior pois o Brasil, mais uma vez, mobilizou-se para ajudar as vítimas. Um gigantesco esforço nacional de solidariedade está em andamento.



Vindas de todo o país, estão chegando a SC toneladas de doações feitas por pessoas de todas as classes sociais. Artistas e esportistas promovem eventos para ajudar na arrecadação de donativos. Detentos de Joinville doaram suas marmitas para os desabrigados. Entidades e movimentos sociais como a UNE desenvolvem campanhas e mobilizam voluntários para ajudar a levar auxílio para as famílias atingidas. Até entidades empresariais, como a Fiesp, que não costuma demonstrar muito apego aos pobres vitimados por catástrofes naturais, desta vez resolveu doar um naco de seus lucros milionários para ajudar os catarinenses. A entidade diz que vai construir 5 mil casas para os desabrigados pelas chuvas.



O governo federal tomou importantes medidas para ajudar a reconstruir as áreas afetadas, resgatar vítimas e aliviar o sofrimento dos atingidos pela tragédia. Foram liberados R$ 1,6 bilhão para o Estado; os bancos federais (CEF e BB) abrirão linhas de crédito especiais para os agricultores afetados; foram autorizados saques do Fundo de Garantia para reconstrução das casas; enviados pelotões da Força Nacional de Segurança; micros e pequenos empresários serão auxiliados pelo Sebrae e o presidente Lula propôs a criação de um grupo de trabalho com especialistas da área ambiental para estudar as mudanças climáticas que provocaram enchentes em Santa Catarina.



Passado o trauma da tragédia e concluídos os esforços de socorro e solidariedade aos atingidos pelas atuais enchentes, cabe ao poder público nas três esferas e à sociedade civil organizada pensar saídas para o problema das enchentes. Não basta reconstruir o que foi destruído. É preciso executar ações de planejamento urbano e projetos ambientais que busquem enfrentar o problema na sua raiz. É preciso afastar as pessoas das áreas de risco, interditar estas áreas, arborizar os terrenos desmatados, dar um destino ambiental satisfatório para o lixo, enfim, tomar todas medidas que possam minimizar o impacto das chuvas nas regiões suscetíveis a enchentes.



Será preciso coragem e ousadia para enfrentar o problema com a seriedade necessária, já que há cidades inteiras erguidas em áreas de risco, mas só assim, realizando verdadeiras revoluções urbanísticas, será possível evitar a ocorrência de novas calamidades como as que o Brasil assistiu nos últimos dias.



Fonte: Vermelho

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Aprovado feriado de Zumbi em todo o território brasileiro

O calendário de feriados nacionais será acrescido de mais uma data – 20 de Novembro, data da morte do líder negro Zumbi dos Palmares -, que marca o Dia Nacional da Consciência Negra. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que estabelece no calendário oficial o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado anualmente com feriado em todo o território brasileiro.


Atualmente, apenas alguns estados comemoram a data com feriado. A partir da aprovação do projeto, que deve voltar ao Senado Federal para votação final, o dia 20 de novembro será feriado nacional junto com os dias 1º de Janeiro, 1º de Maio, 7 de Setembro, 15 de Novembro e 25 de Dezembro.


Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), relator da matéria na Comissão de Educação da Câmara, a instituição da data como feriado nacional “têm o intuito de oferecer instrumento político para estimular a identificação e o reconhecimento do preconceito racial que permeia a sociedade brasileira, bem como de propiciar rica oportunidade de reflexão sobre tal preconceito.”


A data, além de homenagear os afro-brasileiros, tem ainda a função de reconhecer o importante fenômeno da eclosão do movimento de “consciência negra” no País, assim como de oferecer à sociedade a oportunidade de refletir sobre suas origens, sua história e seus heróis.


O parlamentar socialista lembra ainda que “a sociedade vive um momento em que o tema da discriminação racial ocupa lugar de destaque e insere-se no amplo debate em torno dos direitos humanos”, acrescentando que “em consonância com tal momento, ampliam-se as ações governamentais voltadas para a promoção da igualdade racial e para a inclusão social dos brasileiros afro-descendentes.”


A data já há muito vem sendo utilizada pelo Movimento Negro como referência, em razão do assassinato do seu líder máximo, ícone da resistência africana no Brasil, em 20 de novembro de 1695. Zumbi, tal como Tiradentes – herói brasileiro homenageado com o feriado nacional de 21 de abril – teve a cabeça decepada e exposta à exibição pública.


Eternizou-se na consciência de todos os brasileiros como símbolo da luta pela liberdade, pelo respeito aos direitos humanos e pela igualdade racial. Sua importância já foi reconhecida por ocasião da inscrição de seu nome no Livro dos Heróis da Pátria, ao lado do próprio Tiradentes.


De Brasília
Márcia Xavier

Fonte: Vermelho