sábado, 29 de novembro de 2008

Diretora de colégio estadual expulsa aluno, por realizar atividades ligadas ao grêmio estudantil



Uma verdadeira discrepância para a educação e a cidadania nesta cidade, foi o que aconteceu com o aluno do 2° noturno, Felipe Barreto, 18, do Colégio Estadual Jorge Schimmelpfeng.
Na última quarta-feira 26-11-2008, por volta das 21:00, Felipe comunica seu pai, que foi proibido pela Diretora de entrar na escola, e que seria bom a sua presença, para uma breve conversa, em seu ponto de vista amigável.
Porém, a história tomou proporções maiores. Com o modo ríspido de Ana Leomar – Diretora responsável pelo Colégio Estadual Jorge Schimmelpfeng , expulsando-o sem documento algum, apenas de modo verbal.
De acordo com Felipe, o fato de sua expulsão foi por intermediar um evento em prol dos terceiros anos. “Os alunos me chamaram apenas para verificar junto com o corpo docente dia, local e horário de uma festa para os terceiros anos da Escola. E eu na condição de presidente do grêmio, fui pronto em atendê-los o mais rápido possível”, afirma Barreto.
“Tenho receio quanto às conversas que tive com a diretoria, pois foi apenas um acordo verbal, nada escrito para que mais tarde em qualquer eventualidade eu pudesse comprovar a minha palavra contra a da diretora”, continua Barreto. Por essa atitude, provavelmente Ana Leomar não manteve sua palavra.
Perseguição política, talvez?
Não se sabe ao certo ainda, mas é o que mais indica para a tal intriga. Que contou com a participação da patrulha escolar, Leomar solicitou a presença da patrulha para acompanhar as conversas entre escola, pai e aluno. Atitude esta que ouriçou o estudante, convidando então seu Advogado, para representá-lo, já que a diretora em sua concepção medíocre entendeu que esta seria a melhor maneira para solucionar o problema.
Patrulha escolar, de acordo com o Governo do Estado do Paraná, é uma alternativa inteligente para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas de segurança encontrado nas escolas. Problemas que compromete a segurança dos alunos, professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos. Essa medida é cabível apenas no caso de ameaça a segurança do local e das pessoas que fazem parte no momento.
Mas nada disso foi provocado. Felipe Barreto em momento algum teve um caráter ríspido, desagradável, intratável e sem educação, que pudesse prejudicar o corpo docente bem como o discente. Portanto, porque Ana Leomar teve essa atitude? Além de fazer com que a patrulha proibisse a entrada da Advogada e do pai de Barreto para a conversa em sua sala.
Ameaçada, talvez, Ana Leomar liberou por 20 minutos os alunos do 3° (em horário de aula – no caso ela os prejudicou em termos de rendimento escolar do dia) em frente ao pátio, para que esses defendessem o nome do colégio.
Pura ironia ditatorial direitista, diga-se de passagem, mal sucedida. Sim, já que desde quando Felipe estuda no Colégio, ele nunca falou mal das estruturas, pintura, segurança... enfim do colégio em si. Muito pelo contrário “O Jorge Schimmelpfeng é um dos colégios estaduais modelo em Foz”, concluí o estudante. O problema em questão é apenas a proibição das atividades lúdicas proporcionadas e mediadas no caso, pelo grêmio e também da entrada do estudante para realizar as últimas provas, já que o ano escolar está se encerrando.
Veja só em que pé chegamos logo hoje em dia que o cenário municipal, estadual e mundial são outros, estão focados em outros assuntos. E aqui em nossa estimada cidade maravilhosa temos que nos deparar para a atrocidade contra a construção da moral cívica que o grêmio, na gestão de Felipe que proporcionar aos demais estudantes.
Estudantes estes que sobre o fascismo da diretoria não conhecem ou não querem enxergar quão gratificante é ver o estudante lutar ideologicamente, correr atrás de seus benefícios para si e sua comunidade.
Já que Felipe entende que lutar é preciso, não ficou parado. Em reunião com a APP – Sindicato dos Trabalhadores da Educação do PR- de Foz do Iguaçu junto com seus membros apoiou a causa de Barreto.
E um relatório sobre o caso foi protocolado ontem 29-11-2008 no Núcleo Regional de Educação juntamente com o presidente da UPES (União Paranaense de Estudantes Secundaristas – PR), Rafael Clabonde, militante da UJS (União da Juventude Socialista). Que veio de Curitiba para acompanhar de perto o caso do Colégio Jorge Schimmelpfeng.
Felipe Barreto fica no aguardo da conclusão final desse episódio que aclamou os órgãos educacionais do estado. Atitudes como esta não pode deixar passar em branco, ficar enclausurado meio ao tumulto provocado, no caso, pela diretoria. Muito pelo contrario, o espírito jovem faz com que sair nas ruas e colocar a boca no trombone nunca é indispensável.

por Hellen Samantta

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